terça-feira, 7 de abril de 2009

Oportunidades perdidas...

Pouco antes do Natal de 2008, fui com um amigo meu àquela loja que todo o alfacinha conhece e cujo nome começa por F, acaba com C, e no meio tem a palavra NA (como diria o Nuno Markl). Nessa loja, no Vasco da Gama, agora ampliada e realojada, perdemo-nos no meio de livros, dvd’s e material informático de toda a espécie e feitio! E foi no seio deste último conjunto de mercadorias que eu vi pela primeira vez um Magalhães! Sujeito pequenino, com um tom azul amaricado (e espanto o meu, também tem uma versão cor-de-rosa) e com pega e tudo. Para mal dos seus pecados, o seu ecrã estava preto, com letras brancas a contrastar. E estas diziam algo em alto e boa voz. A nós e a todos os burros o suficiente para serem possíveis compradores dos cérebros dos assessores do primeiro ministro (sim, porque eles garantem conseguir fazer tudo naqueles portáteis enfezados e mal concebidos e, se calhar, daí o desgoverno deste país). Diziam então as letras pálidas no simples fundo tetro:



Por mera curiosidade e com grande gozo pessoal, obedeci àquele corpo estranho com pega incorporada e que dizem ser originário do mesmo país que eu (vil mentira)… é verdade, carreguei no “R”. O computador reiniciou e voltou a exibir a mesmíssima mensagem de erro. Como era de esperar! Ainda tive para tirar uma foto ao aparelho a exibir o belo do erro informático, cercado dos seus novos acessórios (igualmente amaricados), enviados para o mercado pouco antes do natal e mais uma vez bem publicitados pelo sr. Primeiro-Ministro. Há bem pouco tempo, o nosso PM promoveu acordos com o Señor Hugo Chavez, e a primeira parte desse acordo consistia na entrega duns milhares de Magalhães à Venezuela. Há coisa de um mês, Chavez pôs o acordo em stand by. Acho que já tinha experimentado o Magalhães e deve ter pensado: “E quero eu que os gajos que inventaram esta porra construam casas para o meu povo?”. Ainda por cima, nem foram portugueses ao que parece que inventaram o Magalhães (embora decerto o tenham rebaptizado), mas lá levamos rodas de maus inventores, de maus engenheiros, etc… A ideia da foto era para ilustrar algum texto como este nalgum blog que eu abrisse… mas não levava máquina naquele dia e a do meu telemóvel não vale nada… De qualquer forma, 2 dias depois voltei à dita superfície comercial e até levei máquina fotográfica, na esperança vã que o pequenito ainda lá estivesse, com os circuitos flipados. Mas a oportunidade já voara e o blog nunca foi aberto. Redimo-me aqui, numa noite de insónia! E lembrem-se, vivam o momento, porque as segundas oportunidades são raríssimas! (fogo, esta história até tem moral e tudo!!)
P.S.: se temos um P.M. cuja principal tarefa é de publicitar produtos de empresas suas “amigas”, como podemos esperar que ele limite os anúncios na TV? Que ciclo vicioso! lol

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